segunda-feira, 30 de maio de 2011

Hidrocarbonetos!

O Que São Hidrocarbonetos?
Hidrocarbonetos são compostos formados exclusivamente de carbono e hidrogênio, que também são chamados hidrocarburetos, carboidretos, carbetos, carburetos ou carbonetos de hidrogênio.


Classificação e Ocorrência
Os hidrocarbonetos se classificam de acordo com a proporção dos átomos de carbono e hidrogênio presentes em sua composição química. Assim, denominam-se hidrocarbonetos saturados os compostos ricos em hidrogênio, enquanto os hidrocarbonetos ditos insaturados apresentam uma razão hidrogênio/carbono inferior e são encontrados principalmente no petróleo e em resinas vegetais.
Os grupos de hidrocarbonetos constituem as chamadas séries homólogas, em que cada termo (composto orgânico) difere do anterior em um átomo de carbono e dois de hidrogênio. Os termos superiores da série homóloga saturada, de peso molecular mais alto, encontram-se em alguns tipos de petróleo e como elementos constituintes do pinho, da casca de algumas frutas e dos pigmentos das folhas e hortaliças.
Os hidrocarbonetos etilênicos, primeiro subgrupo dos insaturados, estão presentes em muitas modalidades de petróleo em estado natural, enquanto os acetilênicos, que compõem o segundo subgrupo dos hidrocarbonetos insaturados, obtêm-se artificialmente pelo processo de craqueamento (ruptura) catalítico do petróleo. Os hidrocarbonetos aromáticos foram assim chamados por terem sido obtidos inicialmente a partir de produtos naturais como resinas ou bálsamos, e apresentarem odor característico. Com o tempo, outras fontes desses compostos foram descobertas. Até a segunda guerra mundial, por exemplo, sua fonte mais importante era o carvão. Com o crescimento da demanda, durante e após a guerra, outras fontes foram pesquisadas. Atualmente, grande parte dos compostos aromáticos, base de inúmeros processos industriais, se obtém a partir do petróleo.



Estrutura e Nomenclatura
A estrutura das moléculas dos hidrocarbonetos baseia-se na tetravalência do carbono, isto é, em sua capacidade de ligar-se, quimicamente, a quatro outros átomos, inclusive de carbono, simultaneamente. Assim, as sucessões de átomos de carbono podem formar cadeias lineares, ramificadas em ziguezague, que lembram anéis e estruturas de três dimensões.



Hidrocarbonetos Saturados
A fórmula empírica molecular dos hidrocarbonetos saturados, também chamados alcanos ou parafinas, é CnH2n+2, segundo a qual n átomos de carbono combinam-se com 2n + 2 átomos de hidrogênio para formarem uma molécula. Valores inteiros sucessivos de n dão origem aos termos distintos da série: metano (CH4), etano (C2H6), propano (C3H8), butano (C4H10) etc.
A partir do quarto termo da série, o butano, os quatro carbonos podem formar uma cadeia linear ou uma estrutura ramificada. No primeiro caso, o composto se denomina n-butano. Na estrutura ramificada, um átomo de carbono se liga ao carbono central da cadeia linear formada pelos outros três, formando o iso-butano, ou pode dar origem a uma estrutura cíclica, própria do composto chamado ciclobutano, em que os átomos de carbono das extremidades estão ligados entre si. A existência de compostos com mesma fórmula molecular, mas com estruturas diferentes, é fenômeno comum nos hidrocarbonetos, designado como isomeria estrutural. As substâncias isômeras possuem propriedades físicas e químicas semelhantes, mas não idênticas, e formam, em certos casos, moléculas completamente diferentes.
Os termos da série saturada são nomeados a partir do butano com o prefixo grego correspondente ao número de átomos de carbono constituintes da molécula: penta, hexa, hepta etc., acrescidos da terminação "ano". Nos cicloalcanos, hidrocarbonetos de cadeia saturada com estrutura em anel, a nomenclatura faz-se com a anteposição da palavra "ciclo" ao nome correspondente ao hidrocarboneto análogo na cadeia linear. Finalmente, os possíveis isômeros presentes na série saturada cíclica se distinguem por meio de números, associados à posição da ramificação no ciclo.



Hidrocarbonetos Insaturados
O primeiro grupo de hidrocarbonetos insaturados, constituído pelos compostos etilênicos, também chamados alcenos, alquenos ou olefinas, tem como característica estrutural a presença de uma dupla ligação entre dois átomos de carbono. Sua fórmula molecular é CnH2n e os primeiros termos da série homóloga correspondente recebem o nome de etileno ou eteno (C2H4), propileno ou propeno (C3H6), butileno ou buteno (C4H8) etc. Os termos seguintes têm uma nomenclatura análoga à dos hidrocarbonetos saturados, acrescidos da terminação "eno".
A posição da dupla ligação na molécula dos alcenos pode dar origem a diferentes isômeros. Para distingui-los, o número do primeiro carbono a conter essa ligação precede o nome do hidrocarboneto na nomenclatura desses compostos. Existem, ainda, hidrocarbonetos etilênicos com mais de uma dupla ligação -- denominados dienos, quando possuem duas ligações, e polienos, com três ou mais. O grupo mais importante dessa classe de hidrocarbonetos constitui-se de compostos com duplas ligações em posições alternadas, os dienos conjugados. A nomenclatura dos alcenos de estrutura anelar, ditos cicloalquenos, é formalmente análoga à dos cicloalcanos.
Os alcinos ou alquinos (de fórmula molecular CnH2n-2), também conhecidos como hidrocarbonetos acetilênicos e componentes do segundo grupo dos compostos insaturados, apresentam ligação tripla em sua estrutura e sua nomenclatura é similar à dos alcenos, com a terminação "ino" que lhes é própria. Os cicloalquinos inferiores (de baixo peso molecular) são instáveis, sendo o ciclo-octino, com oito átomos de carbono, o menor alcino cíclico estável conhecido.



Hidrocarbonetos Aromáticos 
A estrutura do benzeno, base dos hidrocarbonetos aromáticos, foi descrita pela primeira vez por Friedrich August Kekulé, em 1865. Segundo ele, a molécula do benzeno tem o formato de um hexágono regular com os vértices ocupados por átomos de carbono ligados a um átomo de hidrogênio. Para satisfazer a tetravalência do carbono, o anel benzênico apresenta três duplas ligações alternadas e conjugadas entre si, o que lhe confere sua estabilidade característica.
Os hidrocarbonetos da série homóloga benzênica subdividem-se em três grupos distintos. O primeiro  constitui-se de compostos formados pela substituição de um ou mais átomos de hidrogênio do anel pelos radicais de hidrocarbonetos. Esses compostos têm seus nomes derivados do radical substituinte, terminado em "il", e seguidos da palavra "benzeno". Alguns, no entanto, apresentam denominações alternativas (ou vulgares), mais comumente empregadas. Assim, o metil-benzeno é conhecido como tolueno, o dimetil-benzeno como xileno etc.
No segundo grupo, encontram-se os compostos formados pela união de anéis benzênicos por ligação simples entre os átomos de carbono, como a bifenila, ou com um ou mais átomos de carbono entre os anéis. Por último, o terceiro grupo de hidrocarbonetos aromáticos constitui-se de compostos formados por condensação de anéis benzênicos, de modo que dois ou mais átomos de carbono sejam comuns a mais de um anel, tais como o naftaleno, com dois anéis, e o antraceno, com três.



Propriedades e Aplicações
Os hidrocarbonetos em geral são insolúveis em água, mas se solubilizam prontamente em substâncias orgânicas como o éter e a acetona. Os primeiros termos das séries homólogas são gasosos, enquanto os compostos de maior peso molecular são líquidos ou sólidos. Graças a sua capacidade de decompor-se em dióxido de carbono e vapor d"água, em presença de oxigênio, com desprendimento de grande quantidade de energia, torna-se possível a utilização de vários hidrocarbonetos como combustíveis.
Os hidrocarbonetos saturados, ou parafinas, caracterizam-se sobretudo por ser quimicamente inertes. Industrialmente, são empregados no processo de craqueamento (cracking) ou ruptura, a elevadas temperaturas, e produzem misturas de compostos de estruturas mais simples, saturados ou não. A hidrogenação catalítica dos alcenos é utilizada, em escala industrial, para a produção controlada de moléculas saturadas. Esses compostos são usados ainda como moderadores nucleares e como combustíveis (gás de cozinha, em automóveis etc.).
Os hidrocarbonetos insaturados com duplas ligações têm a capacidade de realizar reações de adição com compostos halogenados e formam importantes derivados orgânicos. Além disso, com a adição de moléculas de alcenos, é possível efetuar a síntese dos polímeros, empregados industrialmente no fabrico de plásticos (polietileno, teflon, poliestireno etc) e de fibras sintéticas para tecidos (orlon, acrilan etc.). Além disso, faz parte da gasolina uma importante mistura de alquenos. Metade da produção de acetileno é utilizada, como oxiacetileno, na soldagem e corte de metais. Os hidrocarbonetos aromáticos, além de bons solventes, são empregados na produção de resinas, corantes, inseticidas, plastificantes e medicamentos.


Laboratório de Bioquímica! Práticas interessantes - Enzimas. =D

Clique nos links abaixo e vamos ao trabalho...



Uma dúvida: O que é ENZIMA???...



CONCEITOS GERAIS E FUNÇÕES

            As enzimas são proteínas especializadas na catálise de reações biológicas. Elas estão entre as biomoléculas mais notáveis devido a sua extraordinária especificidade e poder catalítico, que são muito superiores aos dos catalisadores produzidos pelo homem. Praticamente todas as reações que caracterizam o metabolismo celular são catalisadas por enzimas.
            Como catalisadores celulares extremamente poderosos, as enzimas aceleram a velocidade de uma reação, sem no entanto participar dela como reagente ou produto.
            As enzimas atuam ainda como reguladoras deste conjunto complexo de reações.
            As enzimas são, portanto, consideradas as unidades funcionais do metabolismo celular.


NOMENCLATURA DAS ENZIMAS

            Existem 3 métodos para nomenclatura enzimática:
            - Nome Recomendado:  Mais curto e utilizado no dia a dia de quem trabalha com enzimas; Utiliza o sufixo "ase" para caracterizar a enzima. Exs: Urease, Hexoquinase, Peptidase, etc.
            - Nome Sistemático: Mais complexo, nos dá informações precisas sobre a função metabólica da enzima. Ex: ATP-Glicose-Fosfo-Transferase
            - Nome Usual : Consagrados pelo uso; Exs: Tripsina, Pepsina, Ptialina.


CLASSIFICAÇÃO DAS ENZIMAS

            As enzimas podem ser classificadas de acordo com vários critérios. O mais importante foi estabelecido pela União Internacional de Bioquímica (IUB), e estabelece 6 classes:
            - Oxidorredutases: São enzimas que catalisam reações de transferência de elétrons, ou seja: reações de oxi-redução. São as Desidrogenases e as Oxidases.
            Se uma molécula se reduz, tem que haver outra que se oxide.
            - Transferases : Enzimas que catalisam reações de transferência de grupamentos funcionais como grupos amina, fosfato, acil, carboxil, etc. Como exemplo temos as Quinases e as Transaminases.
            - Hidrolases : Catalisam reações de hidrólise de ligação covalente. Ex: As peptidades.
            - Liases: Catalisam a quebra de ligações covalentes e a remoção de moléculas de água, amônia e gás carbônico. As Dehidratases e as Descarboxilases são bons exemplos.
            - Isomerases: Catalisam reações de interconversão entre isômeros ópticos ou geométricos. As Epimerases são exemplos.
            - Ligases: Catalisam reações de formação e novas moléculas a partir da ligação entre duas já existentes, sempre às custas de energia (ATP). São as Sintetases.


PROPRIEDADES DAS ENZIMAS

            São catalisadores biológicos extremamente eficientes e aceleram em média 109 a 1012 vezes a velocidade da reação, transformando de 100 a 1000 moléculas de substrato em produto por minuto de reação.
            Atuam em concentrações muito baixas e em condições suaves de temperatura e pH.
            Possuem todas as características das proteínas. Podem ter sua atividade regulada. Estão quase sempre dentro da célula, e compartimentalizadas.


COFATORES ENZIMÁTICOS E COENZIMAS

            Cofatores são pequenas moléculas orgânicas ou inorgânicas que podem ser necessárias para a função de uma enzima. Estes cofatores não estão ligados permanentemente à molécula da enzima mas, na ausência deles, a enzima é inativa.
            A fração protéica de uma enzima, na ausência do seu cofator, é chamada de apoenzima.
            Enzima + Cofator, chamamos de holoenzima.


            Coenzimas são compostos orgânicos, quase sempre derivados de vitaminas, que atuam em conjunto com as enzimas. Podem atuar segundo 3 modelos:
            - Ligando-se à enzima com afinidade semelhante à do substrato.
            - Ligando-se covalentemente em local próximo ou no próprio sítio catalítico da apoenzima.
            - Atuando de maneira intermediária aos dois extremos acima citados.


ESPECIFICIDADE SUBSTRATO \ ENZIMA: O SÍTIO ATIVO

            As enzimas são muito específicas para os seus substratos. Esta especificidade pode ser relativa a apenas um substrato ou a vários substratos ao mesmo tempo.
            Esta especificidade se deve à existência, na superfície da enzima de um local denominado sítio de ligação do substrato. O sítio de ligação do substrato de uma enzima é dado por um arranjo tridimensional especial dos aminoácidos de uma determinada região da molécula, geralmente complementar à molécula do substrato, e ideal espacial e eletricamente para a ligação do mesmo.O sítio de ligação do substrato é capaz de reconhecer inclusive isômeros óticos "D" e "L" de um mesmo composto. Este sítio pode conter um segundo sítio, chamado sítio catalítico ou sítio ativo, ou estar próximo dele; é neste sítio ativo que ocorre a reação enzimática.
esquema de la acción de una enzima
            Composto que é transformado por uma enzima que se une a uma zona ativa, onde se produz ima catálise, que no exemplo conduz a uma formação de produtos.
centro activo de una enzima
            A zona sombreada são os aminoácidos desta enzima (proteína) que configuram, neste caso, o centro ativo da enzima.

            Alguns modelos procuram explicar a especificidade substrato/enzima:
            - Modelo Chave/Fechadura que prevê um encaixe perfeito do substrato no sítio de ligação, que seria rígido como uma fechadura. No exemplo da figura abaixo, uma determinada região da proteína - o módulo SH2 - liga-se à tirosina fosfatada, que se adapta ao sítio ativo da enzima tal como uma chave faz a sua fechadura.




          
              - Modelo do Ajuste Induzido que prevê um sítio de ligação não totalmente pré-formado, mas sim moldável à molécula do substrato; a enzima se ajustaria à molécula do substrato na sua presença.
            - Evidências experimentais sugerem um terceiro modelo que combina o ajuste induzido a uma "torção" da molécula do substrato, que o "ativaria" e o prepararia para a sua transformação em produto.


MECANISMO GERAL DE CATÁLISE

            As enzimas aceleram a velocidade de uma reação por diminuir a energia livre de ativação da mesma, sem alterar a termodinâmica da reação, ou seja: A energia dos reagentes e produtos da reação enzimática e de sua equivalente não enzimática são idênticas.
            Para se superar a energia de ativação de uma reação, passa-se pela formação de um estado intermediário chamado "Estado de Transição", sempre um composto instável e de alta energia, representado por "Ts", ligado com altíssima afinidade ao sítio catalítico. Nas reações enzimáticas, este composto de transição "Ts" não pode ser isolado ou mesmo considerado um intermediário, uma vez que não é liberado para o meio de reação; sua formação ocorre no sítio catalítico da enzima!! Como a afinidade do "Ts" ao sítio catalítico é muito maior que a afinidade do substrato com o mesmo, a pequena quantidade de moléculas em "Ts" será rapidamente convertida em produto. Assim, todo o fator que leva a um aumento do número de moléculas em "Ts" aumenta a velocidade da reação.
            São 4 os mecanismos principais através dos quais as enzimas aceleram uma reação, aumentando a formação de moléculas de substrato em "Ts":
            - Catálise Ácido-Base  que ocorre com a participação de aminoácidos com cadeias laterais ionizáveis, capazes de doar ou liberar prótons durante a catálise.
            - Torção de Substrato, que depende da torção do substrato induzida pela ligação do mesmo com o sítio de ligação da enzima, alcançando o estado de transição e estimulando sua conversão em produto.
            - Catálise Covalente que resulta do ataque nucleofílico ou eletrofílico de um radical do sítio catalítico sobre o substrato, ligando-o covalentemente à enzima e induzindo a sua transformação em produto. Envolve com freqüência a participação de coenzimas.
            - Efeito de Diminuição da Entropia. As enzimas ajudam no posicionamento e na definição da estequiometria correta da reação, facilitando os mecanismos anteriores.


CINÉTICA ENZIMÁTICA

            É a parte da enzimologia que estuda a velocidade das reações enzimáticas, e os atores que influenciam nesta velocidade. A cinética de uma enzima é estudada avaliando-se a quantidade de produto formado ou a quantidade de substrato consumido por unidade de tempo de reação.
            Uma reação enzimática pode ser expressa pela seguinte equação:
E + S  <==> [ES]  ==> E + P
            O complexo enzima/substrato (ES) tem uma energia de ativação ligeiramente menor que a do substrato isolado, e a sua formação leva ao aparecimento do estado de transição "Ts".
            A formação de "P" a partir de ES é a etapa limitante da velocidade da reação.
            A velocidade de uma reação enzimática depende das concentrações de enzima e de substrato.
            
            Equação de Michaelis-Menten:
            Michaelis e Menten foram 2 pesquisadoras que propuseram o modelo acima citado como modelo de reação enzimática para apenas um substrato. A partir deste modelo, estas pesquisadoras criaram uma equação, que nos permite demonstrar como a velocidade de uma reação varia com a variação da concentração do substrato. Esta equação pode ser expressa graficamente, e representa o efeito da concentração de substrato sobre a velocidade de reação enzimática.
            O Km de um substrato para uma enzima específica é característico, e nos fornece um parâmetro de especificidade deste substrato em relação à enzima. Quanto menor o Km, maior a especificidade, e vice-versa.


FATORES EXTERNOS QUE INFLUENCIAM NA VELOCIDADE DE UMA REAÇÃO ENZIMÁTICA

            São eles:
            - Temperatura: Quanto maior a temperatura, maior a velocidade da reação, até se atingir a temperatura ótima; a partir dela, a atividade volta a diminuir, por desnaturação da molécula.
 
            - pH: Idem à temperatura; existe um pH ótimo, onde a distribuição de cargas elétricas da molécula da enzima e, em especial do sítio catalítico, é ideal para a catálise.


INIBIÇÃO ENZIMÁTICA

            Os inibidores enzimáticos são compostos que podem diminuir a atividade de uma enzima. A inibição enzimática pode ser reversível ou irreversível;
            Existem 2 tipos de inibição enzimática reversível:
            - Inibição Enzimática Reversível Competitiva:
Quando o inibidor se liga reversivelmente ao mesmo sítio de ligação do substrato;
O efeito é revertido aumentando-se a concentração de substrato
Este tipo de inibição depende das concentrações de substrato e de inibidor.

            - Inibição Enzimática Reversível Não-Competitiva:
Quando o inibidor liga-se reversivelmente à enzima em um sítio próprio de ligação, podendo estar ligado à mesma ao mesmo tempo que o substrato;
Este tipo de inibição depende apenas da concentração do inibidor.

            Na inibição enzimática irreversível, há modificação covalente e definitiva no sítio de ligação ou no sítio catalítico da enzima.

LIPÍDEOS - Com a mão na massa!

SAPONIFICAÇÃO


1. Objetivos

          - pesquisar a presença de ligações do tipo éster nas moléculas dos óleos e gorduras;

          - conhecer a reação de produção de sabão partir dos óleos e gorduras;

          - pesquisar o comportamento dos sabões em soluções aquosas contendo ou não óleos e gorduras;

          - reconhecer as características de uma emulsão e sua importância na produção de alimentos.


2. Princípios teóricos


          Dentre os lípides mais abundantes na natureza encontramos os óleos e as gorduras. Como vimos, essas substâncias são formadas a partir da associação de uma molécula de glicerol com três unidades de ácidos graxos(AG). Por esse motivo, os óleos e as gorduras são ésteres de glicerol ou, ainda, triglicerídeos (TG) e triacilglicerídeos. Lembrou?? Não?? Então clique aqui para visualizar um exemplo.

          Se os triglicerídeos são formados por ácido graxos, é fácil concluir que o processo inverso, a hidrólise, de um TG origina uma mistura de ácidos graxos. A hidrólise do óleo de soja, por exemplo fornece uma msitura de diferentes ácidos graxos:

ÁCIDO GRAXO
%
ácido mirístico
0,1
ácido palmítico
10,5
ácido esteárico
3,2
ácido oléico
22,3
ácido linoléico
54,5
ácido linolênico
8,3
ácido araquídico
0,2
ácido eicosanóico
0,9
          Uma maneira de conseguir a "quebra" da molécula do TG em seus ácidos graxos é através do traatamento com soluções alcalinas concentradas a quente. Essa reação tem como resultado a liberação do glicerol e formação de sais de ácidos graxos, originados pela incorporação do sódio à molécula de ácido graxo. Esses sais são osSABÕES e a reação, que é denominada SAPONIFICAÇÃO,é a via de fabricação dos sabões encontrados comercialmente. Veja um exemplo de sabão que pode ser formado a partir da hidrólise do tripalmitil-glicerol, um dos constituintes do óleo de soja:


          

          O exemplo acima demonstra a formação de um sal de sódio. Os sabões constituídos por sais de sódio (Na+) e de potássio (K+) são solúveis. Em contrapartida, os sais de cálcio (Ca2+) e magnésio (Mg2+), formados a partir da reação do lipídeo com Ca(OH)2 e Mg(OH)2, respectivamente, são insolúveis e precipitam. A precipitação é muito útil no processo de purificação dos sabões e também pode ser feita por adição de ácido forte (como o HCl) ou NaCl.

Qual é a importância dos sabões para a nossa vida diária??
          Se observarmos bem molécula de uma sabão, veremos que ela é constituída por duas porções que apresentam características distintas:
          Por ser formada por íons, a extremidade carboxílica do sabão é altamente polar e, por esse motivo, tende a se dissolver em água. Podemos dizer que essa porção da molécula possui caráter hidrofílico (que significa ávido por água). Em contrapartida, a longa cadeia carbônica (a unidade -CH2 se repete 14 vezes!!!) apresenta acentuado caráter apolar, sendo denominada porção hidrofóbica da molécula (hidrofóbico significa "avesso" à água). A essas moléculas, que apresentam caráter hidrofílico e hidrofóbico, polar e apolar, ao mesmo tempo, dá-se o nome deanfóteras. Elas podem ser representadas da seguinte forma:


          Quando um sabão entra em contato com a água, as porções hidrofóbicas de suas moléculas assumem uma conformação que as protege do contato com as moléculas de água (altamente polares). A essa conformação dá-se o nome de MICELA

          As moléculas que apresentam caráter anfótero, então, podem interagir simultaneamente com a água e com substâncias de caráter hidrofóbico, como as gorduras e os óleos. 


PARA PENSAR: Com a ajuda das moléculas anfóteras, é possível unir água e óleo numa mistura homogênea??
3. Procedimento Experimental
          3.1. Material
          Parte I: Reação de Saponificação
        a) Reagentes e soluções
        - óleo de soja
        - solução alcoólica de NaOH 10% *

        - água destilada
b) Vidraria e instrumental
          
- béquer de 50 mL
- pipeta de 2 mL
- pipeta de 10 mL - proveta de 25 mL  
* Preparo da solução alcoólica de NaOH a 10%: dissolver 100g de NaOH em uma quantidade mínima de água destilada. Em seguida, adicionar etanol (CH3CH2OH) 95% até completar o volume de 100ml.
          Parte II: Formação de sabão insolúvel
       a) Reagentes e soluções

          
solução de sabão preparada na parte I
          - solução de cloreto de sódio 35% (NaCl 35%)
          - solução de cloreto de cálcio 10% (CaCl2 10%)
          - ácido clorídrico 0,1N (HCl 0,1N)
 b) Vidraria e instrumental
- 03 tubos de ensaio
- pipeta de 2 mL

- conta-gotas ou pipeta Pasteur
          Parte III: Estabilização de uma emulsão
       a) Reagentes e soluções

       
- óleo de soja
       - solução de sabão preparada na parte I
       - água destilada
 b) Vidraria e instrumental
02 tubos de ensaio
- pipeta de 1 mL
- pipeta de 10 mL

     b) Procedimento
          Parte I: Reação de Saponificação

          1. Colocar,em um béquer de aproximadamente 70ml, 2 ml de óleo de soja;
          2. adicionar 10 ml da solução de NaOH 10%;
          3. aquecer em banho a 80oC até que a fase líquida desapareça e seja formada uma camada levemente endurecida;
          4. acrescentar 20ml de água destilada e agitar até a completa dissolução do sabão (talvez seja preciso aquecer levemente a mistura).
          5. observe e anote os resultados.

          Parte II: Formação de sabão insolúvel

          1. Numerar três tubos de ensaio e proceder de acordo com a tabela abaixo:
TUBO 1
TUBO 2
TUBO 3
solução de sabão*
2 ml
2 ml
2 ml
solução de NaCl
5 gotas
-
-
solução de HCl
-
5 gotas
-
solução de CaCl2
-
-
5 gotas
          
           * Se necessário, leve a mistura (sabão) obtida na parte I novamente ao banho-maria para dissolução.
          2. misturar por agitação e deixar em repouso por alguns minutos;
          3. observe os resultados.

          Parte III: Estabilização de uma emulsão
          1. Numerar dois tubos de ensaio e proceder de acordo com a tabela abaixo:
TUBO 1
TUBO 2
óleo de soja
0,5 ml
0,5 ml
água destilada
10 ml
-
solução de sabão
-
10 ml
          2. agitar vigorosamente os tubos por inversão;
          3. observe os resultados imediatamente;
          4. deixar em repouso por 10 minutos e anotar os resultados.


omo vimos, a saponificação baseia-se na adição de uma base forte ao sistema contendo os triglicerídeos. Assim, se pudermos determinar a quantidade de base necessária para saponificar todo o conteúdo lipídico de uma amostra (o que pode ser feito através da simples titulação com um ácido), teremos o chamado Índice de Saponificação (I.S). Esse índice é definido como a massa de base necessária para saponificar 1g de óleo, e é muito útil na caracterização do óleo ou gordura.


Veja as imagens da experiência:



Veja as fotos desse experimento


          








LIPÍDEOS... ihhhh, o que é isso???

Os lipídeos formam um grupo de compostos característicos que possuem múltiplas funções celulares. Geralmente, são pequenas moléculas que possuem uma forte tendência e se associarem através de forças não covalentes. Os lipídeos são usualmente caracterizados por um tipo de estrutura própria, a molécula lipídica possui duas regiões: uma polar, hidrofílica que está conectada a uma região não-polar, hidrofóbica, constituída de uma cadeia hidrocarbonada. Esse tipo de estrutura caracteriza os lipídeos como um grupo de compostos relativamente insolúveis em água, e solúveis em compostos orgânicos. Essa característica molecular promove associações do tipo anfipáticas, reuniões das moléculas lipídicas com interações não covalentes em meio aquoso. Essas interações têm conseqüências importantes em nível celular. A mais importante delas é a tendência dos lipídeos formarem micelas e bicamadas que constituem as membranas biológicas. A estrutura exata, formada quando o lipídeo está em contato com a água, depende da estrutura molecular específica das regiões hidrofílicas e hidrofóbicas da molécula. Seguem-se alguns dos principais lipídeos celulares. A família de compostos designados por lipídeos é muito vasta. A esta família pertence a gordura que quando hidrolisada, nos fornece ácido graxo e álcool. Por ser mais difícil de ser quebrado, o organismo a armazena sob a forma de gordura. Entra na formação das membranas celulares, podendo ser encontrado também dentro das células, como substância de reserva nutritiva e fonte de energia. Os lipídeos podem formar alguns hormônios, vitaminas e pigmentos. Lipídeos simples: constituídos de ácidos graxos e álcool. Glicerídeos: Ex: óleos e gorduras. Os óleos são derivados de ácido graxos insaturados e são líquidos. As gorduras são derivadas de ácidos graxos saturados e apresentam aspecto sólido. Cerídeo: Ex: ceras de abelhas e de carnaúba. Atuam como impermeabilizantes na epiderme de folhas e frutos. Lipídeos complexos ou compostos: Constituído de ácidos graxos, álcool, além de fósforo (fosfolipídeos) e carboidratos (glicolípideos) ou proteínas. Os fosfolipídeos como os glicolípideos são encontrados na membrana plasmática das células. Esteróides: elemento do grupo dos lipídeos, presente na corrente sangüínea, importante na formação de células humanas e na produção de hormônios, ácidos biliares e membranas celulares. Uma parte do colesterol é produzida no fígado, outra vem da alimentação. Há dois tipos de colesterol: a fração LDL (sigla em inglês para lipoproteínas de baixa densidade) e a fração HDL (sigla em inglês para lipoproteínas de alta densidade).
DE ROBERTIS, E. M. F. Bases da biologia celular e molecular. ZAHA, Arnaldo. Biologia molecular basica.


Fonte: http://pt.shvoong.com/exact-sciences/bioengineering-and-biotechnology/506433-biomol%C3%A9culas/#ixzz1Np3nsjy4

terça-feira, 17 de maio de 2011

Introdução à Bioquímica.

A Bioquímica estuda, basicamente, as reações químicas de processos biológicos que ocorrem nos organismos vivos. Para isso, a estrutura e a função das biomoléculas - aminoácidos, peptídeos, enzimas, proteínas, carboidratos, lipídeos, ácidos nucleicos, hormônios, vitaminas, dentre outros - são trabalhados nessa disciplina. Também é destaque a importância biológica e propriedades físico-químicas da água, além dos sistemas-tampão e pH. 

Ácidos Nucleicos


Enzimas


Proteínas